Trilho Vilares da Vilariça
Na aldeia dos Colmeais, anexa da freguesia de Vilares da Vilariça, aparecem as primeiras marcações no largo da antiga escola primária, hoje recuperada e transformada em Casa de Alojamento Rural, que indicam “caminho a seguir”. O Trilho de Vilares da Vilariça é um percurso pedestre denominado de pequena rota (PR), cuja marcação e sinalização cumprem as diretrizes internacionais.
Este trilho inclui parte da freguesia de Vilares da Vilariça e faz-se sempre ao longo da vertente sul da Serra de Bornes, permitindo ao caminhante uma vista panorâmica para o Vale da Vilariça, no extremo ocidental do concelho de Alfândega da Fé.
A descida faz-se por um caminho rural em direção à Quinta da Madureira e Barragem do Salgueiro, mas com passagem por bosques de castanheiros. Estes soutos assumem-se como de grande importância do ponto de vista económico, ao contribuir para a diversificação das receitas das comunidades de montanha, através da produção e colheita de castanha de excelente qualidade e de diversas espécies micológicas, como a Boletus edulis e a Amanita cesarea. Do ponto de vista ambiental, este espaço assume-se com o habitat de inúmeras espécies de fauna selvagem que aqui de reproduzem e encontram alimento.
Depois de percorridos 4,2 Km, entramos na aldeia de Vilares da Vilariça, constituída por um rico património arquitectónico civil, situada na parte superior do Vale da Vilariça.
Prosseguimos o caminho agora a subir, onde podemos desfrutar e observar a maravilhosa vista sobre o Vale da Vilariça, Barragem da Burga e a Barragem do Salgueiro, cuja paisagem podemos destacar a diversidade de espécies da flora selvagem e das culturas agrícolas.
De regresso aos Colmeais entramos num antigo trilho de ligação entre as duas povoações, quase todo ele empedrado e em que a ação do homem ainda não se fez sentir. Ainda que a subir, a flora e as inúmeras espécies de aves e insetos, fazem com que o trilho pareça curto, terminando o percurso no mesmo local em que teve início.
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Trilho da Ribeira de Rabo de Burro
O trilho da Ribeira de Rabo de Burro encontra-se marcado e sinalizado de acordo com as diretrizes internacionais. Trata-se de um percurso de pequena rota (PR), linear de dificuldade fácil.
Este percurso tem início no núcleo rural de Soeima, na encosta sul da Serra de Bornes e a uns escassos 14 km da sede de concelho. Tem a particularidade de se situar a cerca de 1000m de altitude, pelo que permite avistar dezenas de localidades deste e de outros concelhos vizinhos. Supõe-se que o nome desta freguesia é de origem árabe, vindo do moçárabe Zuleima, termo muito usado na época da sua ocupação.
Por volta do século XIII, a maior parte do território desta freguesia pertencia a D. Nuno Martins, riquíssimo nobre local. Até 1855, a freguesia pertenceu ao concelho de Chacim e posteriormente ao de Macedo de Cavaleiros e só mais tarde ao de Alfândega da Fé.
Damos início ao percurso no largo da aldeia, um espaço de convívio tradicional adornado com uma fonte, com a capela de Nª Sr.ª do Rosário e com um cruzeiro datado do ano de 1940. Deste local seguimos até junto de uma fonte de mergulho e de um lavadouro público onde, ainda nos dias de hoje, muitas pessoas continuam a lavar a roupa. Já num caminho rural, apreciamos a beleza natural dos campos adornados de castanheiros. A castanha continua a ser um dos principais produtos agrícolas da aldeia.
Começamos a descer e vamos ter à Ribeira de Rabo de Burro, onde podemos ver um moinho de água datado do ano de 1953. Ao longo desta linha de água, ladeada de freixos, encontramos a escassos metros outro moinho, ainda em bom estado de conservação sendo visíveis algumas das suas peças.
Estes foram em tempos muito importantes, na moagem dos cereais, nomeadamente do centeio, pois há umas décadas atrás constituíam uma forte produção no concelho. As gentes de Soeima conseguiam produzir este cereal a cerca de 1100m de altitude, quase no alto da Serra de Bornes.
A viagem prossegue com paisagens de uma beleza natural única. Chegamos à aldeia de Gebelim, cuja origem terá provindo do termo árabe “Jabalain”, que significa dois montes e de “Jabalom” (o monte). Na aldeia podemos ver uma fonte luminosa, alguns chafarizes e dos vários nichos existentes espalhados pela povoação de referir o do São Bernardino, situado perto da capela de Nª Sr.ª do Rosário local onde terminamos o percurso.
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Trilho da Gouveia
Este percurso localiza-se no coração da serra da Gouveia, no extremo sudoeste do concelho a 9 km de Alfândega da Fé, envolvendo parte do território das freguesias de Gouveia, Sendim da Serra e Cabreira.
É um trilho denominado de pequena rota (PR), circular de dificuldade média/difícil, marcado e sinalizado de acordo com as diretrizes internacionais.
Damos início ao percurso no largo da aldeia, junto ao cruzeiro oitocentista em granito, com soco e base de secção circular, capitel cúbico e cruz latina simples. O nome desta localidade deriva do verbo “gouvir”, cujo significado é 'gozar'. Seguimos até um caminho em terra batida que nos conduzirá à cumeada da serra, por entre sobreiros, estevas e giestas, onde poderemos apreciar e desfrutar de umas das mais belas paisagens, tendo como pano de fundo o concelho de Alfândega da Fé.
Chegados ao ponto culminante deste percurso: o Marco Geodésico da Gouveia, com uma altitude de 653 metros e uma vista única e majestosa! Podemos ver ainda vestígios da existência de um povoado fortificado, pela presença de um muro no lado poente do Marco Geodésico, que apresenta uma técnica de construção diferente da dos restantes Castros existentes no concelho de Alfândega da Fé.
Em direcção ao Sendim da Serra, que se estende por toda a serra da Gouveia, facto que estará na origem do «da Serra» no seu nome. Aqui podemos visitar a antiga escola primária, transformada em alojamento rural.
Depois das energias e forças retemperadas, seguimos caminho até ao núcleo rural da Cabreira, onde podemos ver uma antiga fonte, Fonte da Saúde. Dizem os mais antigos que lhe foi atribuído este nome, porque antigamente um velhinho muito doente não pertencendo ao povoado, ia lá sempre buscar água para beber e cozinhar e quando questionado do porquê da utilização desta fonte, ele explicava que esta lhe dava saúde.
Por fim, seguimos até ao ponto de partida do nosso percurso. Aceite a nossa sugestão e finalize estas andanças com o merecido descanso numa outra antiga escola primária, também convertida em unidade de alojamento.
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Trilho da Serra de Bornes
Este percurso pedestre denominado de pequena rota (PR), circular, encontra-se marcado e sinalizado de acordo com as diretrizes internacionais. Localiza-se no coração da Serra de Bornes e tem cerca de 9km de dificuldade moderada.
Partimos para este percurso de montanha, do Marco Geodésico de Bornes, a uma altitude máxima de 1200 metros, daqui podemos maravilhar-nos com a vista sobre o Vale da Vilariça.
A escassos metros, está localizado o Parque Eólico, em funcionamento desde maio de 2009. A energia aqui produzida é direcionada para a sub-estação dos Olmos, (Macedo de Cavaleiros) onde entra na Rede Elétrica Nacional.
Ao longo do trilho podemos apreciar os variadíssimos bosques de soutos, onde a castanha de excelente qualidade é produzida, com grande importância na economia das populações da Serra. Mas há muito mais para ver e a vegetação não se resume a soutos e oliveiras, surgem de forma espontânea e regularmente dentes-de-leão, o rosmaninho (arçã), estevas e giestas de flores branca.
Com um pouco de sorte poderá avistar algum animal selvagem, dos muitos que ainda têm como habitat estas montanhas, como esquilos, coelhos, javalis ou simplesmente répteis e diversas espécies de borboletas.
O percurso leva-nos a conhecer o núcleo rural de Vila Nova, aldeia anexa de Sambade, cujo santo padroeiro é São Roque, protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões. É também considerado como protetor do gado.
Seguindo sempre por caminhos rurais, podemos aproveitar para apanhar várias espécies de cogumelos que crescem abundantemente, como: Vaquinhas ou Línguas de Vaca, Rocos, Sanchas ou Níscaros.
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Trilho das Capelas
Trilho denominado de pequena rota (PR), linear de dificuldade média/difícil, marcado e sinalizado de acordo com as diretrizes internacionais.
Damos início ao percurso no largo da aldeia, junto ao cruzeiro oitocentista em granito, com soco e base de secção circular, capitel cúbico e cruz latina simples. A escassos metros do largo do cruzeiro, podemos apreciar a igreja Matriz de Gouveia, igreja barroca e rocócó de planta longitudinal simples, construída em 1725 e alvo de alterações nos séculos XIX e XX.
Por entre estevas, giestas e sobreiros, prosseguimos por um caminho rural até ao alto da Serra da Gouveia, de onde descemos até à aldeia de Sendim da Serra, onde na Igreja Matriz é possível apreciar as obras de Bento Coelho de Silveira, pintor régio do séc. XVII.
Depois das energias e forças retemperadas, seguimos a nossa caminhada por entre a beleza dos campos e o rasgar do horizonte! Chegamos à Capela de Santa Eufémia, onde nas proximidades pode ser visitada uma Necrópole medieval de sepulturas de contorno retangular escavadas no afloramento xistoso, identificam-se três sepulturas embora uma delas se encontrar ligeiramente danificada. A capela, de planta simples retangular e pequena dimensão, é precedida por um alpendre ou galilé.
Continuando, chegamos à capela de N.ª Sr.ª de Jerusalém. Exemplar de arquitetura neoclássica, com uma fachada onde se destaca o portal com arco de volta perfeita, com as aduelas do arco tipo pedra almofadada. No seu interior, está provavelmente uma das maiores riquezas patrimoniais do concelho, um conjunto de pinturas murais executadas em diferentes técnicas, frescos datados dos finais do séc. XVII início do séc. XVIII e as restantes pinturas executadas a seco. Por cima, e independente da porta, surge um frontão curvo interrompido, donde irrompe um nicho com pilastras adoçadas, sobrepujado por um frontão triangular.
Mas, o trilho não fica completo sem a visita ao Calvário, local de culto de inúmeros visitantes e peregrinos não só da Diocese mas de todo o País. Pode dizer-se que o Santuário de Cerejais é uma presença de Fátima no Nordeste Transmontano.
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Trilho de Alvazinhos
O trilho de Alvazinhos é um percurso denominado de pequena rota (PR), marcado e sinalizado de acordo com as diretrizes internacionais. O percurso tem início no Hotel & SPA, localizado em plena Serra de Bornes a uma altitude de 1050 metros.
Iniciamos o percurso que nos conduzirá ao Miradouro do Castelo, onde se encontra uma das esculturas do II Simpósio A Água e as Fontes-2003, num ambiente agradável e com umas vistas absolutamente deslumbrantes.
Durante o passeio podemos maravilhar-nos com as belas paisagens que nos rodeiam: zonas de pasto, campos de cultivo, lameiros e bosques frondosos. São, de facto muitas as espécies de vegetação que podemos encontrar ao longo do trilho, nomeadamente: amendoeiras, nogueiras, espargos bravos, carqueja e até mesmo orquídeas selvagens.
Um pouco antes de chegarmos ao nosso primeiro destino, Alvazinhos, passamos pela pequena aldeia dos Vales, que poderá proporcionar uns dias de descanso a todos os visitantes que aí desejem pernoitar na antiga escola primária, hoje, recuperada e transformada em Alojamento Rural.
Continuamos o percurso até chegarmos ao parque de Alvazinhos, aí será possível retemperar forças, merendar e, claro, apreciar a paisagem. Reiniciamos a nossa caminhada, sempre com as belas paisagens como pano de fundo. Podemos ter a sorte de ver por estas bandas algumas aves de rapina, como: o Falcão Peregrino, Melro-azul ou espécies cinegéticas como: a Perdiz ou Coelho.
Na época própria, durante a caminhada, podemos ainda aproveitar para apanhar vários tipos de cogumelos, que por aqui nascem em abundância como as Sanchas, Níscaros, Moncosos e Rocos.
Finalmente damos entrada na vila que nos levará à zona histórica, passando pela Igreja Matriz, com caraterísticas do séc. XVI, pela Capela dos Ferreira, com um brasão eclesiástico picado do séc. XVIII, até ao Largo de D. Dinis, que foi seguramente a zona central do castelo medieval, mandado construir por D. Dinis em 1320.
Como a caminhada foi longa, porque não aproveitar para descansar junto ao Miradouro e à antiga Eira, onde era separado o grão do cereal, que agora se encontra recuperada.
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Circuito Pedonal Urbano
Assente numa colina a 575m de altitude, Alfândega da Fé, que encontra as origens do seu nome no período muçulmano que os árabes denominavam ALFANDAGH, que significa local calmo e hospitaleiro juntando-se-lhe, a designação DA FÉ por ligações à lenda dos “Cavaleiros das Esporas Douradas” em que cristãos lutaram contra o infiel, auxiliados por Nossa Senhora de Balsamo na Mão, conserva alguns dos traços e encantos próprios do Nordeste Transmontano. Com cerca de 2 mil habitantes é uma vila airosa e moderna onde os traços do passado se misturam com o presente.
Aproveite e comece o passeio pelo Jardim Cândido Mendonça onde se conserva o antigo Coreto e fique a conhecer as peças de um antigo lagar de azeite.
Acompanhe o traço de modernidade no museu ao ar livre composto por 15 esculturas e painéis de azulejo. As obras de arte estão distribuídas por vários espaços públicos que podem ser apreciadas à medida que vai visitando outros elementos identificativos da sede do concelho.
Continue a visita ao edifício da Câmara Municipal mais conhecida pela “Casa Grande” seguindo até à Igreja Matriz e não perca a deslumbrante vista oferecida pelo Miradouro do Castelo, aprecie também o património existente como a Capela da Misericórdia, a Capela dos Ferreira e a Torre do Relógio que é considerado o ex-libris da vila. Para finalizar a visita pare na Casa da Cultura Mestre José Rodrigues e visite as exposições patentes na Galeria Manuel Cunha.
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Trilho Fornos da Cal
O Trilho Forno da Cal encontra-se marcado e sinalizado de acordo com as diretrizes internacionais. Trata-se de um percurso de pequena rota (PR), circular de dificuldade fácil.
Este percurso tem início no núcleo rural de Gebelim, freguesia que se situa num vale, entre dois ribeiros, em plena Serra de Bornes. Tem como vizinhas as aldeias de Soeima, Bornes, Chacim, Peredo e Agrobom, distando cerca de 22 quilómetros da sede de concelho. Até 1853, Gebelim pertencera ao concelho de Chacim e, quando este se extinguiu, passou a pertencer ao concelho de Macedo de Cavaleiros. Só a partir de 1855 é que viria a pertencer ao concelho de Alfândega da Fé.
Iniciando o percurso no largo da aldeia, seguimos por um caminho de asfaltado até ao Santuário e Capela de São Bernardino, imóvel de interesse público, do séc. XVIII (1741), época pombalina. A capela, hoje sede de uma importante romaria, tem uma fachada simples, dominada pelo portal de verga reta ladeado por grossas pilastras adossadas, rematadas em pirâmide boleada. Possui, no interior, a imagem de São Bernardino pintada numa tábua, tendo a capela-mor talha de feição rural.
Prosseguimos a nossa caminhada e vamos ter à antiga casa da floresta, onde antigamente morava o guarda-florestal com a sua família e tinha como função vigiar toda a área envolvente da serra.
Começamos a descer, onde podemos apreciar uma paisagem maravilhosa sobre Gebelim, rodeada de castanheiros, pinheiros e variadíssimos tipos de vegetação autóctones tais como a giesta e a esteva. Podemos ainda, e na época própria, aproveitar e apanhar vários tipos de cogumelos como as Sanchas, Níscaros e Rocos.
Chegamos ao Forno da Cal, um forno centenário procurado por muita gente da região. Este forno serviu a aldeia durante vários anos, dando trabalho a muitas pessoas, aqui era produzida a cal visto que nesta zona abundava muita pedra calcária. O proprietário comprava bastante madeira de castanheiro para que o forno produzisse a cal pretendida. Devido à modernização e existindo matéria-prima mais barata, o forno foi desativado no decurso do ano de 1950.
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Percursos Pedestres
Trilho Vilares da Vilariça
Trilho da Ribeira de Rabo de Burro
Trilho da Gouveia
Trilho Fornos da Cal
Trilho da Serra de Bornes
Trilho de Alvazinhos
Trilho das Capelas
Circuito Pedonal Urbano